Flauta Doce

 
A Flauta Doce

A flauta doce é um instrumento que vem acompanhando a história da música em diversos países da Europa, Ásia e América Central. Ao longo dos anos, a flauta adquiriu sua identidade, se especializando em algumas áreas da música.
No século XVII, esse instrumento era usado pelos camponêses, como passatempo, pois viviam praticamente isolados do mundo e, muitas vezes, distantes da família e dos amigos. Buscavam na música, uma maneira de esquecerem a solidão, e expressarem seus mais nobres sentimentos. Já no século XVIII, a flauta teve um papel magnífico na igreja, onde encontrávamos jovens franciscanos empenhados no estudo desse instrumento. Nos mosteiros, viam-se frequentemente, grupos que se reuníam para tocarem a flauta doce. Ainda neste século, ouvia-se o som das flautas nos grandes palácios, nas fazendas, nos sobrados e nas vilas próximas às cidades. Nas solenidades festivas, o emprego da flauta era comum, trazendo animação e alegria aos participantes.
Na literatura, a flauta também deixou sua contribuição, oficializando-se de vez, como instrumento musical. No Barroco, o interesse pela música fez com que o poeta se dedicasse à flauta ou à outros instrumentos, visando inspiração para as suas obras. Na cadeia renascentista, a flauta expressa em suas melodias, o mundo externo do autor, e finalmente, no Romantismo, a expressão dos sentimentos atinge um novo prisma, onde a música é aliada ao mundo íntimo do autor.
A flauta nesse momento, passa a ser estudada com mais dedicação, e associada aos grandes músicos da história. Vários autores clássicos se dedicaram a esse instrumento, realizando obras consagradas em todo o mundo, entre eles: Paganini, Vivaldi, Schubert, Bahr, Mozart, etc.
A música clássica é hoje, uma das grandes propagadoras do estudo e do conhecimento da flauta doce, remontando peças belíssimas e arranjos da mais alta criatividade. Como qualquer outro instrumento, a flauta requer dedicação, e acima de tudo, sensibilidade, pois a música em essência, representa a expressão dos sentimentos, com o objetivo maior, de trazer ao homem, meios de se harmonizar e crescer...

Vivamos a música!


Sandro Nadine
Publicado no Recanto das Letras em 03/08/2008
Código do texto: T1110505
Fonte: http://recantodasletras.com.br/artigos/1110505